A meta de famílias em situação de baixa renda representa a estimativa de famílias de baixa renda, que são aquelas que ingressaram na faixa de renda familiar mensal por pessoa de até R$ 660 e, ao longo de 24 meses, não ultrapassaram este limite por mais de 2 trimestres consecutivos.
O indicador não traz juízo de valor, é difícil dizer se um determinado número é alto ou é baixo, pois trata-se apenas de uma medida.
Família.
de 0 até o total de famílias de baixa renda no Brasil.
Indicador público.
Cadastro Único, Censo Demográfico e Pnad Contínua.
Disponível a partir da referência de 12/2022.
Recomenda-se uma atualização do indicador a cada 2 anos.
Município.
A metodologia se propõe a estimar, para cada município, o número de famílias em situação de baixa renda compatíveis com o funcionamento do Cadastro Único. De forma simplificada, o método possui quatro etapas.
Na primeira, usando microdados anualizados da PNADC 2022, empilhando os arquivos com as 1ª e 5ª entrevistas, calculam-se, para cada estrato geográfico, as estimativas transversais de famílias de baixa renda - famílias com renda familiar per capita (harmonizada com o conceito de renda do Cadastro Único) de até R$ 660 e que viviam em domicílios com renda domiciliar per capita de até R$ 660 (equivalente a ½ salário mínimo em 2023).
Na segunda etapa, transforma-se as estimativas por estrato em estimativas municipais. Utiliza-se o Cadastro Único, considerando a distribuição municipal de famílias em cada estrato, para municipalizar as estimativas. Isto é, o número de famílias estimadas para cada estrato foi distribuído proporcionalmente à distribuição das famílias do Cadastro Único.
A terceira etapa do método consiste nos ajustes das estimativas para considerar estimativas de baixa renda longitudinal, refletindo a volatilidade de renda das famílias. O argumento para essa correção é baseado nas regras de funcionamento tanto do Cadastro Único. A estimativa de baixa renda longitudinal foi calculada considerando um horizonte de oito trimestres para considerar a volatilidade, uma vez que o prazo máximo para atualização do cadastramento é de dois anos (oito trimestres). Ou seja, a estimativa de baixa renda longitudinal refere-se às famílias que, ao longo desses oito trimestres, entrarão em algum trimestre na situação de baixa renda e não alcançarão, por dois trimestres consecutivos, patamares de renda R$ 660. Além disso, nesta etapa os autores contornam um problema recorrente nas estimações anteriores: a não inclusão de populações minoritárias no plano amostral das pesquisas do IBGE. Para resolver este problema, adiciona-se um fator de acumulação referente ao número de famílias no Cadastro Único não amostradas pela PNADC.
Por fim, a última etapa consiste em um ajuste final para alinhar as estimativas aos totais populacionais resultantes do Censo 2022.
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).
SOUZA, P. H. G. F. D; OSÓRIO, R. G. Estimativas de famílias pobres e de baixa renda para o Cadastro Único. Brasília: Ipea, dez. 2024. (Texto para Discussão, n. 3.071). Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1017.pdf.
Para maiores informações sobre o indicador, acesse o Texto para Discussão do Ipea Estimativas de famílias pobres e de baixa renda para o Cadastro Único.
Sintaxe indisponível - memória de cálculo registrada em planilha pela área responsável.